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A FILHA DE MARIA ANGU - ATO II - CENA XIII

Cena XIII
Os mesmos, Clarinha, depois as Cocotes

CLARINHA (A Chica Valsa.) - Enfim te encontro!
OS JOGADORES - Uma moça!
CHICA VALSA - Imprudente!
Que vens aqui fazer?
CLARINHA - Prevenir-te que vi
Pelos vidros da janela muita gente
E alguns urbanos que vêm para aqui!
OS JOGADORES -Os urbanos, oh, céus!...
Oh, meu Deus! oh, meu Deus!...
AS COCOTES (Entrando assustadas.)
- A casa está cercada! a fuga é impossível
A gente toda é presa
E vai para a estação!
Ah! meu Deus! Com certeza
Temos multa e prisão!

SOTA - Pisão!
TODOS Pisão!
(Apitos fora.)
CHICA VALSA - Não! Não! Não! Não!
Ninguém vai para a prisão!
TODOS - Como assim?
CHICA VALSA - O caso é já, neste momento,
Improvisar um casamento!
(Apontando para Bitu e Clarinha.)
E os noivos, ei-los aqui estão!
(Aos jogadores.) Mas essas barbas? Visto
Está que nos denunciarão!
SOTA - Pa não imos para a prisão,
É já escondê tudo isto!
OS JOGADORES - É já esconder tudo isto!

(Durante o coro que se segue, Sota-e-ás e os Jogadores tiram e escondem os casacões, os chapéus, as barbas e as bengalas. Dois criados entram, e levam para dentro todos os móveis.)

CORO DE URBANOS(Fora.) - Quem estiver aqui jogando
Pra estação vai já marchar!
Guerra a vício tão nefando!
Guerra, guerra a quem jogar!
CHICA VALSA (Declamando.) Eles aí vêm! Vamos, senhores,
tirem pares para uma valsa!
(Valsa com Sota-e-ás.) Valsai! Valsai!
Não parar nem um segundo!
Os desgostos deste mundo
A valsar olvidai!
Valsai!
TODOS (Valsando.) - Valsai! valsai!, etc.