CENA XVI
JOSEFINA, depois o ALFERES
JOSEFINA -- Oh! Jé comprendo Judith et Olofernes!
ALFERES (Entrando cautelosamente.) -- Entrei pela outra porta, de
que tenho urna chave! Oh! a sultana...
JOSEFINA (À parte.) -- Um militar!
ALFERES -- Fala português?
JOSEFINA -- Falo! (À parte.) Aqui em Túnis, muito se fala o
português!
ALFERES (Caindo-lhe aos pés.) -- Nesse caso, amo-a!
JOSEFINA -- Senhor!
ALFERES (Com volubilidade.) -- Eu nunca tinha visto sultana
senão nas mágicas... Desde a primeira vez que tive a ventura suprema de
vê-la, senti circular-me nas veias um fogo estranho, eu...
JOSEFINA (Atalhando.) -- Desgraçado, pois não sabe?
ALFERES -- O quê?
JOSEFINA -- Nessa casa corta-se a cabeça a um homem...
ALFERES -- Virgem Maria!...
JOSEFINA -- ... com a mesma facilidade com que a uma galinha!
ALFERES -- Valha-me Deus! (Cai sentado. Natividade e Custódio,
que aparecem, soltam ambos um grande grito ao dar com ele. Forte na
orquestra. O alferes foge pela esquerda, primeiro plano.)
ARTUR DE AZEVEDO - BIOGRAFIA RESUMIDA
Artur Nabantino Gonçalves de Azevedo (São Luís, 7 de julho de 1855 - Rio de Janeiro, 22 de outubro de 1908) foi um dramaturgo, poeta, contis...
-
Artur Nabantino Gonçalves de Azevedo (São Luís, 7 de julho de 1855 - Rio de Janeiro, 22 de outubro de 1908) foi um dramaturgo, poeta, contis...
-
CENA VIII NATIVIDADE, CUSTÓDIO, depois SIMPLÍCIA e o primo alferes ALFERES (Dentro.) -- A casa é bem boa! SIMPLÍCIA (Dentro.) ...
-
O CALIFA DA RUA DO SABÃO Inverossimilhança lírico-burlesca em 1 ato e diversos idiomas imitada de uma farsa de Labiche. PERSONAGENS NATIVIDA...