CENA XIII
JOSEFINA, JOSÉ, depois NATIVIDADE
JOSÉ (Aparecendo.) -- O senhor chamou?
JOSEFINA -- José!!
JOSÉ -- Josefina! Estás só?
JOSEFINA -- Oh! leva-me daqui! leva-me daqui!
JOSÉ -- Para onde?
JOSEFINA -- Para onde quiseres! Para o inferno! Ainda me amas?
JOSÉ -- Oh! sempre! (Ajoelha-se-lhe aos pés. Natividade entra.)
NATIVIDADE -- Aqui está o champ... (Vendo-os, com um grito.)
Oh! (Arrolha o champanhe que salta com a explosão.)
Tercetino
NATIVIDADE -- Que vejo! (Bis.)
JOSEFINA e JOSÉ -- Nós fomos apanhados
Coa boca na botija!
NATIVIDADE (Puxa o alfanje.) -- Oh! desgraçados,
É natural que disto explicação exija!
Por Maomé!
JOSEFINA (Protegendo José.) -- José! Meu José!
NATIVIDADE (Avançando para eles.) -- Zetublé!
JOSÉ -- Zetublé!
-- Eu não me posso ter em pé!
JOSEFINA -- Meu José, meu José!
Dá neste turco um pontapé!
NATIVIDADE -- Maomé! (Bis.)
Eu vou matar este José!
(A Josefina.) Sem mais demora,
Para o meu quarto
Vá senhora.
(Empurra Josefina para o quarto, depois avança para José. Tragicamente.)
E nós, agora!...
(Vai como que cantar uma grande ária, avançando para José, que se
defende, levantando a mesa. A orquestra pára subitamente interrompendo
o ritornello da ária, que deve ser a Tosca.)
ARTUR DE AZEVEDO - BIOGRAFIA RESUMIDA
Artur Nabantino Gonçalves de Azevedo (São Luís, 7 de julho de 1855 - Rio de Janeiro, 22 de outubro de 1908) foi um dramaturgo, poeta, contis...
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